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A jovem Evelyn Moraes, de 22 anos, assistente administrativa do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, relatou ter sido intoxicada durante uma viagem em um carro de aplicativo no sábado (26). Ela foi atendida no Hospital Vila Nova, na Zona Sul da Capital, e registrou boletim de ocorrência. O caso é investigado pela 13ª Delegacia de Polícia (DP) de Porto Alegre.
De acordo com Evelyn, o motorista contou que produzia aromatizantes para carro e perguntou se ela gostaria de sentir o cheiro. Como a jovem se negou a aspirar o produto, o motorista teria fechado as janelas do carro e ligado o ar-condicionado. Ela então começou a se sentir tonta e decidiu se atirar do carro em movimento. Ela teve lesões no quadril e na perna.
“Quando ele começou a falar do cheirinho para carro, eu mandei mensagem para o meu marido, com a minha localização e fotos. Então ele começou a fazer um monte de volta, a mudar a rota. Perguntei, e ele falou que as outras ruas estavam em obra. Quando estávamos a uns 5 minutos da minha casa, abri o vidro e ele fechou de novo. Falei ‘moço, mas eu quero deixar o vidro abaixado’, e ele falou que não, que ia pegar sol no banco dele e estragar. Não quis questionar, porque já estava muito nervosa, só queria descer daquele carro e ir embora”, conta.
Depois disso, o motorista teria ligado o ar-condicionado direcionado a ela.
“Ele ligou o ar-condicionado. Quando chegou perto da minha casa, eu comecei a ficar tonta. O ar dele, no canto do motorista, estava fechado, só estava aberto o que vinha diretamente no meu rosto. Senti um cheiro estranho, de enxofre, e comecei a ficar tonta. Quando vi que ia desmaiar, me atirei do carro em movimento”, relata Evelyn.
O aplicativo usado pela jovem durante a viagem foi o InDriver, serviço de transporte que existe desde 2013 e permite que o usuário defina o preço do trajeto que deseja percorrer. Segundo Evelyn, o pedido no aplicativo foi feito por uma colega de trabalho.
Ela ainda relata que o motorista que a atendeu, apesar de usar o carro anunciado no aplicativo, era uma pessoa diferente da foto apresentada no InDriver.
O g1 entrou em contato com o InDriver mas até a última atualização desta reportagem não havia respondido aos questionamentos.
A delegada Vivian Nascimento afirma que a investigação está em uma etapa muito inicial e que pretende identificar o motorista, mas que antes é preciso ouvir a vítima. Segundo ela, no entanto, não consta no boletim de ocorrência o fato de ela ter sido intoxicada durante a viagem.
“Ela disse que se jogou do carro em movimento, que estava com velocidade reduzida, após perceber que ele direcionava o ar condicionado do carro em direção a ela e abria as janelas dele e fechava as dela, mas ela não diz se sentir tonta, drogada ou com a percepção alterada. Ela foi encaminhada a exame de lesões porque se arranhou ao cair do carro. Vamos identificar o motorista, mas a investigação demanda inicialmente uma oitiva mais detalhada da vítima”, afirmou.
Fonte:G1