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Contas de luz continuam com valor extra, diz ministro de Minas e Energia

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira (25) que os consumidores de baixa renda cadastrados para receber o benefício da tarifa social continuarão pagando a bandeira verde em março. Nela, não há acréscimos sobre a tarifa da energia.

Os demais consumidores continuam pagando a bandeira de escassez hídrica, a mais cara de todas, que acrescenta R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Essa bandeira foi instituída em setembro do ano passado, por causa da estiagem que atingiu reservatórios de hidrelétricas pelo País.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, acredita que a partir de abril a bandeira de Escassez Hídrica deixará de ser aplicada. “Acreditamos que [a bandeira Escassez Hídrica] não será necessária a partir de abril. [Ela] foi utilizada para pagar o custo adicional de geração de energia. Como nós não tínhamos água para gerar as nossas usinas hidrelétricas, tivemos que contratar energia no exterior, da Argentina, do Uruguai, e tivemos que usar nossas usinas termelétricas, que são mais caras, por conta do petróleo, do óleo, por conta do gás.”

A bandeira verde, normalmente utilizada em períodos de condições favoráveis para geração de energia, começou a ser atribuída a quem recebe a tarifa social em dezembro de 2021. Antes disso, esses consumidores pagavam a tarifa amarela. A mudança representou uma diminuição de R$ 1,87 para cada 100 kWh gastos.

Podem se beneficiar da tarifa social as famílias que estejam inseridas no CadÚnico, do governo federal, e tenham renda por pessoa de até meio salário mínimo por mês (R$ 606).

Quem recebe o BPC (Benefício de Prestação Continuada), benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) destinado a idosos a partir de 65 anos ou portadores de deficiência em situação de miserabilidade, também tem direito à tarifa social.

Além disso, famílias com renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.636) que tenham membros com doenças ou deficiências cujo tratamento médico depende de equipamentos que demandem consumo de energia podem solicitar a inclusão no programa.

Reservatórios

Os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, onde estão os maiores lagos com essa destinação no país, estão respondendo ao período chuvoso na região.

Nesta sexta-feira, os reservatórios estavam com 57,1% da capacidade ocupada, após terminar janeiro com cerca de 40,6%.

De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), ao final de março, esse nível deve alcançar 66,1%.

Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul

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