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O ataque
— Vladimir Putin autorizou o início da operação às 5h de quinta-feira (24), zero hora de Brasília.
— O ataque foi simultâneo por terra, ar e mar e contra diferentes cidades.
— Ao longo da quinta-feira, enquanto bases militares eram destruídas, tropas avançavam no território ucraniano por praticamente todos os lados.
— Pelo norte da Ucrânia, militares russos rapidamente tomaram Chernobyl.
— Nesta sexta-feira, em paralelo a mais bombardeios, o efetivo russo se aproximou da capital, Kiev.
— Putin pediu ao exército ucraniano tomar o poder das mãos do presidente Volodymyr Zelensky, incitando um golpe militar.
— O governo da Rússia afirma que tomou o campo aéreo de Hostomel, no noroeste da capital da Ucrânia, Kiev, e um ponto estratégico para atacar a cidade. As autoridades ucranianas não confirmaram a perda do aeroporto.
— Na noite de sexta, segundo o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, ao menos cinco explosões foram ouvidas na capital ucraniana.
— O Exército russo também teria destruído a usina termelétrica de Kiev, segundo Klitschko, um sinal de que a operação militar está mirando a infraestrutura crítica da cidade.
A defesa
— O presidente da Ucrânia afirma ser o alvo número um da ofensiva russa e diz que nem sua família está a salvo. Mas uma agência russa informou que ele está disposto a negociar.
— A TV ucraniana chegou a ensinar como fazer coquetéis-molotov para que civis revidassem a invasão por terra.
— O governo ucraniano alega ter derrubado algumas aeronaves de Moscou.
— Zelensky afirmou que pode desistir de ingressar na Otan, deixando a Ucrânia em status neutro eme relação ao tratado.
— Veículos militares ucranianos entraram em Kiev para defender a cidade contra as tropas da Rússia, que se aproximam, afirmou o ministro do Interior nesta sexta-feira (25). A capital foi atingida por mísseis. Famílias tiveram que buscar abrigo para se proteger de ataques aéreos.
— Autoridades disseram aos moradores que eles deveriam preparar coquetéis molotov para defender Kiev contra os invasores.
— A Polônia enviou um comboio com munição para Kiev, de acordo com o ministro da Defesa polonês, Mariusz Blaszczak, tornando-se o primeiro carregamento de ajuda militar publicamente reconhecido para a Ucrânia desde o início da invasão russa.
Os mortos
— As informações ainda são desencontradas.
— O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que ao menos 137 cidadãos ucranianos morreram após os ataques russos no país. Ainda de acordo com o líder ucraniano, outras 316 pessoas ficaram feridas nos combates.
— O escritório de Direitos Humanos da ONU afirmou que há relatórios sobre pelo menos 127 vítimas civis na Ucrânia, sendo que 25 pessoas foram mortas, e 102, feridas por causa de bombardeios aéreos.
— Seguindo a embaixada da Ucrânia no Brasil, tropas de Kiev abateram sete aviões, seis helicópteros, mais de 30 tanques e 130 veículos blindados, com 800 soldados russos mortos. A Rússia não tinha informado o número de baixas.
As reações
— Potências do Ocidente condenaram a invasão e anunciaram restrições econômicas contra o governo Putin e oligarcas russos.
— O presidente norte-americano Joe Biden, no entanto, descartou enviar tropas para lutar na Ucrânia.
— Uma das medidas extremas consideradas é expulsar a Rússia do sistema de pagamentos Swift.
Confira a seguir o teatro de guerra até agora:
A luta em solo ucraniano
Forças ucranianas combateram invasores russos em três lados na quinta-feira depois que Moscou desencadeou o maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial, levando dezenas de milhares de pessoas a fugir de suas casas.
Depois que o presidente russo Vladimir Putin declarou guerra em um discurso televisionado antes do amanhecer de quinta, explosões e tiros foram ouvidos durante o dia na capital da Ucrânia e em outros lugares do país.
Um conselheiro do escritório presidencial ucraniano disse que as forças russas capturaram a antiga usina nuclear de Chernobyl, apenas 90 km ao norte de Kiev. A usina fica ao longo da rota mais curta da capital ucraniana até a Belarus, onde Moscou tem organizado tropas.
Também houve combates no Aeroporto de Hostomel, nos arredores de Kiev, onde paraquedistas russos desembarcaram. Fortes trocas de tiros também foram relatadas nas regiões de Sumy e Kharkiv, no nordeste, e Kherson, no sul.
As tropas russas invadiram a capital ucraniana e explosões e tiros foram verificados.
As razões do conflito
Em seu discurso, Putin disse ter ordenado “uma operação militar especial” para proteger as pessoas, incluindo cidadãos russos, sujeitas a “genocídio” na Ucrânia — uma acusação que o Ocidente chama de propaganda infundada.
“E por isso lutaremos pela desmilitarização e desnazificação da Ucrânia”, disse Putin. A informação é falsa, já que o presidente ucraniano é judeu.
Putin, depois de se referir mais cedo em seu discurso ao poderoso arsenal nuclear russo, advertiu: “Quem tentar nos impedir deve saber que a resposta da Rússia será imediata. E isso vai levá-lo a tais consequências que você nunca encontrou em sua história.”
A reação ucraniana
O presidente Volodymyr Zelensky ordenou na tarde de quinta-feira uma mobilização geral “para garantir a defesa do Estado”. Zelensky pediu aos ucranianos que defendessem seu país e disse que armas seriam dadas a qualquer um preparado para lutar.
“O que ouvimos hoje não são apenas explosões de mísseis, combates e o barulho das aeronaves. Este é o som de uma nova Cortina de Ferro, que desceu e está fechando a Rússia do mundo civilizado”, disse Zelensky.
Nação democrática de 44 milhões de pessoas, a Ucrânia é o maior país da Europa por área depois da própria Rússia. Votou pela independência no outono da União Soviética e recentemente intensificou os esforços para se juntar à Otan e à União Europeia, aspirações que enfurecem Moscou.
Putin, que negou durante meses que planejava uma invasão, chamou a Ucrânia de uma construção artificial esculpida da Rússia por seus inimigos – uma caracterização que os ucranianos vêem como uma tentativa de apagar sua história de mais de 1.000 anos.
Enquanto muitos ucranianos, particularmente no leste, falam russo como língua nativa, praticamente todos se identificam como ucranianos.
Houve também alguma dissidência na Rússia. A polícia deteve mais de 1.600 pessoas participando de comícios anti-guerra em 53 cidades e as autoridades ameaçaram bloquear relatos da mídia portando “informações falsas”.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul