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Em duas semanas, o risco de internação em leito de UTI em Porto Alegre de uma pessoa sem nenhuma vacina ou com esquema vacinal incompleto contra Covid-19 aumentou de 16 para 27,3 vezes mais do que o de uma pessoa com o esquema vacinal completo.
O levantamento, feito pela Diretoria de Vigilância em Saúde, foi divulgado nesta segunda-feira (7), e considera dados atualizados até 1º de fevereiro do Sivep/Gripe, sistema de informações do Ministério da Saúde que registra os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
O risco também aumentou para internação em leito clínico de uma pessoa sem nenhuma vacina ou com esquema vacinal incompleto contra Covid-19, que passou a ser 20,1 vezes maior do que o de uma pessoa com o esquema vacinal completo.
As análises de risco de internação em relação a pessoas vacinadas ou com esquema vacinal incompleto ou não vacinadas passam a ser feitas de forma sistemática pela DVS, com periodicidade quinzenal. Para esse estudo foram encontradas 235 pessoas internadas por Srag com Covid-19 confirmada, das quais 73 necessitaram de leito de UTI, entre 5 de dezembro de 2021 e 1º de fevereiro passado. O período inicial coincide com o início da circulação da variante Ômicron na cidade (o primeiro caso foi confirmado em 10 de dezembro de 2021).
Dos 235 casos encontrados no sistema, 42 eram de pessoas que não tinham nenhuma dose e 101 estavam com esquema incompleto e precisaram de leito de UTI. Destaca-se, de acordo com os dados do vacinômetro da cidade na quinta-feira (3) que apenas 79.741 (6,6%) pessoas estão com esquema incompleto no município de Porto Alegre. Ou seja, a chance de internar em leito de UTI nesse grupo é de uma pessoa para cada 1.661, enquanto que a chance de uma pessoa com esquema completo é de uma pessoa para cada 45.264 pessoas.
Outros dados relevantes da análise indicam que 80,9% dos casos (190) são de pessoas com alguma comorbidade ou fator de risco e 62,6%, ou 147 pacientes, são idosos. Além disso, 126 (53,6%) eram do sexo masculino. “É importante reforçar que especialmente as pessoas com comorbidades procurem manter-se com esquema vacinal completo. Além disso, insistimos na importância de respeitar o distanciamento – que as pessoas continuem a evitar promover ou participar de festas e aglomerações – do uso adequado de boas máscaras e da higienização das mãos frequente com água e sabão ou álcool 70%”, enfatiza a diretora em exercício da Vigilância em Saúde municipal, Fernanda Fernandes.
Fonte: Foto: Fabrícia Costa/CRS/Divulgação, Redação O Sul