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Até esta sexta-feira (14), ao menos 239 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul já haviam decretado situação de emergência por causa da falta de chuvas, de acordo com a Defesa Civil. Desses, 108 já receberam homologação pelo Poder Executivo gaúcho e 56 foram reconhecidos pelo governo federal. A medida é necessária para que uma prefeitura receba ajuda humanitária.
Trata-se, também, de um requisito para que agricultores e pecuaristas locais possam refinanciar dívidas relativas a financiamentos agrícolas.
De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rutal (Emater), até o dia 7 de janeiro quase 200 mil propriedades registravam perdas na agropecuária por conta da estiagem.
O cenário preocupante motivou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a visitar o Interior do Estado. Ela esteve na quarta-feira (12) na área rural de Santo Ângelo.
Em suas redes sociais, a ministra disse que o governo federal foi ao estado para “ver de perto a situação das lavouras atingidas pela seca e conversar com os produtores rurais em busca de soluções”.
Durante a visita, a ministra esteve acompanhada pelo vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, já que o titular Eduardo Leite cumpre quarentena desde que recebeu teste positivo para coronavírus.
Eles se reuniram com líderes locais em um auditório da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, junto com equipes técnicas do Ministério e da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
Durante a visita, Tereza disse que ainda não é possível mensurar os prejuízos que foram provocados pela estiagem no Estado:
“Ainda não podemos dar números. Há lavouras que se recuperam e outras não, ainda pode chover. São graus diferentes. Temos que monitorar e fiz questão de vir aqui para ver o que já se pode propor para mitigar os problemas que os Estados enfrentam. Não queremos que as pessoas abandonem a produção. Não resolveremos tudo, mas minimizar se agirmos rápido e agora”.
Governador
Embora afastado das atividades presenciais por causa da covid, Eduardo Leite encaminhou à ministra um ofício informando que a maioria dos municípios gaúchos dependem da agropecuária e que a estiagem provoca grandes prejuízos à economia estadual. Ele frisou o fato de que o setor é responsável por mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho e por 60% das exportações do Rio Grande do Sul.
“Não pude acompanhar a ministra Tereza Cristina em visita às regiões mais atingidas pela estiagem, mas conversei com ela e encaminhei, pelas mãos do vice-governador, um ofício com as demandas do Rio Grande do Sul ao governo federal em meio a esta situação de emergência”, escreveu o chefe do Executivo em suas redes sociais.
O documento reúne demandas consolidadas após conversas com representantes de entidades rurais, prefeitos e deputados estaduais e solicita, dentre outros itens, a viabilização de recursos federais para subsidiar juros das operações de crédito rural na agricultura familiar e para fortalecer o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), bem como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
(Marcello Campos)
Fonte: Foto: EBC, Redação O Sul