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A prefeitura de Aparecida de Goiânia, cidade da região metropolitana da capital de Goiás, informou nesta quinta-feira (6) ter registrado a primeira morte pela variante ômicron no Brasil. O óbito, porém, ainda não foi reportado pelo Ministério da Saúde.
Identificada pela primeira vez na África do Sul, a nova cepa do coronavírus é apontada como a principal responsável pelo aumento de casos de Covid-19 em todo o mundo. Não à toa, tem ligado o alerta quanto ao possível avanço da pandemia no País.
A primeira vítima da variante, segundo a prefeitura de Aparecida de Goiânia, foi um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em uma unidade hospitalar da cidade. “O paciente era contactante de um caso que a pasta já havia confirmado como infecção pela variante. O homem estava vacinado com três doses”, informou a pasta.
A infecção pelo coronavírus por pessoas que já completaram esquema vacinal não demonstra ineficácia da vacina. Especialistas apontam que o principal benefício dos imunizantes é evitar que a Covid-19 evolua para quadros graves, mas reforçam que mesmo quem já foi vacinado pode ser infectado e transmitir a doença, sobretudo quando há altos índices de contaminação.
Além disso, principalmententre os grupos mais vulneráveis, como idosos e imunodeprimidos, também há risco – ainda que pequeno – de que a infecção evolua para quadros graves ou óbito. Nesse contexto, a aceleração da vacinação é tida como uma estratégia coletiva, uma vez que pode frear a contaminação e, por consequência, impedir o aumento de mortes pela Covid-19.
A identificação do primeiro óbito por ômicron se deu pelo programa municipal de sequenciamento genômico de Aparecida de Goiânia, que tem feito a análise de amostras positivas de RT-PCR coletadas no município para mapear a informação genética e identificar as variantes do SARS-CoV-2 em circulação. Até o momento, 2,3 mil sequenciamentos já foram realizados na cidade, que já confirmou 55 casos de ômicron. A prevalência da variante chegou a 93,5% dos diagnósticos positivos.
Avanço da ômicron no País
A variante ômicron tem avançado no Brasil. Uma análise de 2.463 amostras coletadas entre 26 de dezembro e 1° de janeiro constatou SARS-CoV-2 em 337 pessoas. Em 312 delas, o equivalente a 92,6%, houve indicação da infecção pela variante ômicron. O levantamento, divulgado nesta quinta, é do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) em parceria com os laboratórios privados Dasa e DB Molecular. As coletas foram realizadas de 1° de dezembro de 2021 a 1° de janeiro deste ano.
Fonte: Foto: Caudivino Antunes, Redação O Sul