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Nesta quarta-feira (29), foi concluído o embarque de 11.465 terneiros no Porto de Rio Grande, com destino ao Egito. A operação começou nesta segunda, com o transporte dos animais do Estabelecimento de Pré-Embarque (EPE) Cristal até a Unidade de Vigilância Agropecuária (Uvagro) do Ministério da Agricultura no porto. Os animais foram transportados em grupos menores, computando um total de 207 viagens entre o EPE e o porto. O último grupo de terneiros saiu do EPE Cristal às 3 horas da madrugada desta quarta-feira.
Este é o primeiro e único embarque de animais vivos no Rio Grande do Sul em 2021. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) acompanhou todo o procedimento, realizando a fiscalização sanitária e observância do bem-estar dos animais, desde o período de quarentena até a chegada ao Porto de Rio Grande.
“Observamos todos os aspectos de bem-estar animal: se há água e comida suficiente, locais específicos para os animais se deitarem durante o período em que estão quarentenados. No embarque, vistoriamos os caminhões, para não haver superlotação. Os caminhões não podem ter nenhuma aresta nas carrocerias, para que os animais não sofram nenhuma machucadura. A gente não permite uso de guizos ou outros meios de condução, a não ser as bandeiras. Também não são permitidos cachorros ou gritos, para não estressar os animais”, detalha o diretor do Departamento de Controle Regional da Defesa Agropecuária da Seapdr, Henrique Bueno.
Os terneiros, todos machos não castrados, são de diversas propriedades do Rio Grande do Sul e ficaram quarentenados no EPE Cristal por 21 dias. A compra foi realizada por um cliente único. “Cada cliente exige um tipo de mercadoria: tem alguns que querem uma raça específica, peso específico, então é, sim, um pouco complexo e demora certo tempo. Tem uns três meses que estamos trabalhando nesse único embarque”, conta o diretor de exportações da Estância del Sur, Vinícius Pilz.
Uma equipe de quatro servidores da Supervisão Regional de Pelotas da Seapdr se revezou, em grupos de dois a cada turno de 12 horas, para fiscalizar as condições sanitárias e de bem-estar dos animais durante todo o procedimento de embarque nos caminhões até o Porto de Rio Grande. “A Secretaria está envolvida no processo desde 30 a 40 dias antes da data do carregamento. É um trabalho meticuloso que desenvolvemos com muito esmero”, diz o extensionista rural José Fernando Santos da Silva, que acompanhou a operação.
A partir do momento em que os animais chegam ao porto, o Ministério da Agricultura assume o papel que até então era cumprido pela Seapdr, observando as condições dos animais durante o embarque no navio que os levará ao destino final, no Egito. “Somos todos profissionais, em sua maioria médicos veterinários, então a gente se preocupa com o bem-estar animal e o respeito à vida. O animal não é um objeto inanimado, que se coloca num caminhão e larga dentro de um navio. Eles têm um comportamento particular, de rebanho, então tudo isso tem que ser respeitado”, conclui a supervisora regional da Seapdr em Pelotas, Liege Furtado.
Fonte: Foto: Fernando Dias, Redação O Sul