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A Polícia Civil de Santa Catarina investiga se outros indivíduos auxiliaram o jovem Fabiano Kipper Mai a cometer a chacina na cidade de Saudades, na região Oeste de Santa Catarina. Três bebês, uma professora e uma educadora foram mortas, além de uma outra criança que ficou ferida, na manhã da última terça-feira. Objetos e equipamentos eletrônicos do autor do crime, como computador e pendrive, foram apreendidos e estão sendo analisados pela Polícia Civil com o Instituto Geral de Perícias, após autorização judicial.
“Já temos alguns elementos interessantes que estamos coletando, que vão nos dar uma ideia melhor de tudo o que aconteceu”, adiantou o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, responsável pelo caso.
No inquérito, Fabiano Kipper Mai deve ser indiciado por cinco homicídios triplamente qualificados e ainda tentativa de homicídio da sexta vítima. As qualificadoras dos crimes foram motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e utilização de meio cruel. Nessa quinta-feira, a Justiça negou o pedido de exame de sanidade mental do rapaz, solicitado pela defesa.
“Temos bastantes elementos, relato de testemunhas e a previsão é que a gente conclua o inquérito na metade da semana que vem para então apresentar o relatório final do inquérito”, acrescentou o delegado regional Ricardo Casagrande. Uma nova entrevista coletiva de imprensa será agendada na próxima semana para repassar todos os detalhes da investigação.
“Tivemos uma decisão judicial importantíssima que converteu a prisão em flagrante do agressor em preventiva por tempo indeterminado”, avaliou o delegado Jerônimo Marçal. De acordo com ele, mais de dez testemunhas já foram ouvidas e outras cinco foram intimadas a prestarem depoimentos. “Estamos atentos à situação do agressor e assim que for possível, se a saúde dele melhorar, ele será interrogado”, afirmou.
Conforme o delegado Jerônimo Marçal, a extração de dados na varredura nos dispositivos apreendidos tem como objetivo “angariar mais elementos que sejam de interesse da investigação para que consiga esclarecer o máximo possível” o crime.
As vítimas foram a professora Keli Adriane Aniecevski, 30 anos; a agente educadora Mirla Amanda Renner Costa, 20 anos; além dos bebês Sarah Luiza Mahle Sehn, de um ano e sete meses; Anna Bela Fernandes de Barros, de um ano e oito meses; e Murilo Massing, de um ano e nove meses. Todas foram golpeadas até a morte por uma espada tipo ninja dentro da creche Pro-Infância Aquarela.
Os membros de um fórum anônimo da extrema direita na deep web teriam reivindicado e comemorado o ataque contra a creche. A informação é do site Diário do Centro do Mundo (DCM). Conforme o DCM, outros membros do fórum postaram ameaças de novos atentados, referindo-se à “legião de soldados dispostos a matar e morrer”. Entre os alvos estariam a comunidade LGBT, feministas, negros e ativistas esquerda.
Fonte:Correio do Povo