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Dezenas de profissionais do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) e integrantes do Sindisaúde-RS protestaram contra o fim do órgão no início da tarde desta sexta-feira, em frente ao estúdio Cristal da Rádio Guaíba, no Centro de Porto Alegre. O alvo da ação era o prefeito. Aos gritos de “Fora Marchezan” e “Saúde não é mercadoria, a nossa luta é todo dia”, os manifestantes lotaram a Esquina da Comunicação com placas e cartazes com frases contrárias à extinção do Imesf, que resultará na demissão de 1,8 mil funcionários.
Por cerca de 40 minutos, a multidão se concentrou em frente às janelas de vidro do local e nas saídas do prédio para impedir que Marchezan deixasse o local. Apesar do bloqueio parcial, a saída da equipe do chefe de Executivo da Capital transcorreu de forma tranquila. Depois, os manifestantes caminharam até o Paço Municipal e decidiram em assembleia do Sindisaúde-RS e demais sindicatos por suspender a paralisação até quarta. Em nota, a categoria disse que a decisão vem no sentido de conceder prazo ao prefeito para que ele negocie com os trabalhadores.
Durante o programa, Marchezan disse que greve dos servidores é “absolutamente ilegal”. “Não houve nenhuma retirada de cláusula contratual ou diminuição de remuneração, nada”, comentou. Ele afirmou que a extinção – anunciada no dia 17 de setembro – “é uma situação inevitável”, uma vez que ocorre em decorrência de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a lei que determinou sua criação. “Se continuarem a partidarizar e a politizar essa situação dada por uma decisão do STF, não há porque ter o diálogo”, alertou.
O tucano comentou ainda que a maioria dos funcionários está trabalhando e, aqueles que não estão, serão descontados em breve. “As pessoas usam esse ano pré-eleitoral para prejudicar os cidadãos. Não teve nenhum reflexo prático ainda na vida destas pessoas a decisão do STF. A população não tem nada a ver com a decisão. Fechar o atendimento a população não vai mudar a decisão de extinção do Imesf”, criticou. “A gente vai fazer uma contratação emergencial para não ficar sem atendimento básico e vamos fazer um chamamento e um edital para que possamos ter contratos definitivos na área de atenção básica. O nosso conceito é de contratualização de entidades filantrópicas”, destacou.
O terceiro de greve dos servidores do Imesf resultou no fechamento de 17 unidadesde saúde, impactando no atendimento de 86 mil pessoas, além de outras dez que estavam em funcionamento parcial, conforme a Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: Correio do Povo