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Nesta quinta-feira, 15 de abril, a Ecosul apresentou oficialmente a proposta para a prorrogação do seu contrato de concessão da BR-116 no Sul do Rio Grande do Sul. O assunto ganhou notoriedade no começo desta semana após notícia veiculada pela coluna do jornalista Jocimar Farina na GZH, onde o mesmo apontava a possibilidade da instalação de um pedágio no trecho Camaquã da rodovia. “As Informações são do Portal Clic Camaquã”
Durante apresentação online em que a Ecosul foi representada pelo seu diretor superintendente, Fabiano Medeiros, foram trazidos detalhes sobre a proposta, apresentados para líderes políticos e empresários da região. Dentre os principais destaques, está a possibilidade da instalação de dois novos pedágios.
A informação de que o mesmo pudesse ficar em Camaquã, no entanto, não se confirmou. A Ecosul informou que a ideia não é ter uma nova praça de pedágio em Camaquã, e sim duas praças. Segundo o jornalista Jocimar Farina, a empresa não informou onde seria, mas garantiu que não será no seu atual trecho de concessão. Desta forma, os pedágios só poderiam ser instalados entre Arambaré e Guaíba.
Na proposta, a Ecosul informou que com a nova concessão, irá reduzir a tarifa em 40%, passando dos atuais R$ 12,30 para R$ 7,38. Ela também assumiria obras que são considerados gargalos logísticos, em um cronograma acelerado, como a duplicação de 8 quilômetros da BR-392, no porto de Rio Grande, e a recuperação de uma das duas ponte do Canal São Gonçalo – interrompida desde 1974 por problemas nas vigas.
A Ecosul também pretende assumir obras de 25 quilômetros da duplicação da BR-116 como o lote 5, em Camaquã, que estão paradas há alguns anos porque a empresa responsável entrou em processo de falência. A concessionária também pretende assumir o trecho de 50 quilômetros do Exército, em Guaíba, e finalizaria os trabalhos em 2025.
A duplicação da BR-290, entre Pantano Grande e Eldorado do Sul, que foi a contraproposta do Ministério de Infraestrutura, também foi citada. Ela seria realizada entre 2025 e 2028.
Medeiros destacou que, com a redução da tarifa, mesmo com a criação de duas novas praças, os usuários que se deslocam entre Porto Alegre e Rio Grande, por exemplo, continuariam gastando os mesmos R$ 36,90 atuais, mas com a certeza de que as obras citadas seriam concluídas.
O deputado estadual Marcus Vinícius se mostrou contrário ao que foi apresentado. O parlamentar, que protocolou requerimento na Assembleia Legislativa para debater o tema, ressaltou que a proposta já era ruim com um pedágio e ficou ainda pior quando a Ecosul confirmou outro.
“Na minha opinião, a Ecosul apresentou uma proposta juridicamente inviável e economicamente injusta. O que foi desenhado, em termos financeiros, para os usuários que partem de Pelotas, Rio Grande ou Jaguarão, é o mesmo que trocar seis por meia dúzia. Já aos motoristas do trecho de Camaquã a Guaíba, estes serão onerados, pagando tarifas, sem receber investimentos. Ao meu ver, algo inaceitável. Se um novo pedágio já parecia ruim, dois, então, nem se fala”, criticou o parlamentar.
A Ecosul administra 457,3 quilômetros de estradas no sul do Estado. Na BR-116, o trecho fica entre Camaquã e Jaguarão. Na BR-392, entre Rio Grande e Santana da Boa Vista. Como forma de comparação, é quase a mesma quantidade que a CCR ViaSul tem sob sua responsabilidade – 473 quilômetros entre BR-101, freeway, BR-386 e Rodovia do Parque.